Manuel José e as críticas a Selecção Portuguesa
Recordamos que no Mundial 2010 o então futuro treinador do Al-Ittihad, já tinha criticado a seleção nacional mas por outros motivos.
O empate frente à Costa do Marfim não coloca nada em risco no que toca ao apuramento para a segunda fase do Campeonato do Mundo, mas a pobre exibição da "selecção das quinas" deixou muito a desejar. A tal ponto que não foi preciso esperar muito até se fazerem sentir as ondas de choque do primeiro encontro de Portugal no Mundial.
Uma das vozes mais críticas é a de Manuel José, apontado várias vezes como candidato a assumir o cargo de seleccionador nacional e que confessa ter ficado desapontado com a "falta de identidade da equipa". "Digo aquilo que penso e pouco me importa ir contra a corrente. Esta equipa a jogar assim não ganha a ninguém", diz o treinador que esteve ao serviço da selecção de Angola até Fevereiro último e que na próxima temporada vai orientar o Al- -Ittihad da Arábia Saudita.
Para o técnico que nos últimos anos se notabilizou ao serviço do Al-Ahli do Egipto, o principal problema da selecção nacional passa pela "falta de uma atitude vencedora", algo que a formação orientada por Carlos Queiroz "não demonstrou", diz, na passada terça-feira, naquele que foi o primeiro encontro do Grupo G, em que o empate a zero frente aos marfinenses acabou por ser um mal menor.
"O que mais reparei foi na tristeza e na falta de identidade da equipa… Não há alegria, o jogo é monocórdico, lento e previsível, tal como já se tinha visto nos encontros de preparação frente à China, a Cabo Verde e mesmo frente a Moçambique. Esta é a selecção do medo… Portugal jogou assustado frente à Costa do Marfim e quem tem medo de ganhar ou empata, como foi o caso, ou perde por 1-0", argumentou em declarações Manuel José, que, numa análise por sectores, identifica no centro do terreno o grande foco de preocupação da equipa portuguesa.
Segundo o técnico, o trio composto por Pedro Mendes, Raul Meireles e Deco não funcionou na primeira partida. Manuel José vai mesmo mais longe ao afirmar que "este meio-campo não serve à selecção nacional..." E é sobretudo sobre estes três jogadores e sobre o recurso constante ao futebol directo que assentam as suas críticas, sublinhando a lentidão nas transições de Pedro Mendes e a má forma de Raul Meireles e Deco. De resto, os elogios são parcos e destinam-se sobretudo à tranquilidade demonstrada por Eduardo e à firmeza de Ricardo Carvalho e Bruno Alves, "uma das melhores duplas de centrais do Mundial", segundo o técnico.
Hoje Manuel José fez-se ouvir outra vez, e na nossa opinião com toda a razão, fazemos das palavras deste senhor nossas.
Manuel José tem uma opinião crítica relativamente à preparação da seleção nacional para o Europeu de 2012, que considera "pouco profissional".
"Portugal vai jogar num grupo extremamente difícil. O Beto, ontem [segunda-feira] dizia que precisamos de uma vitória com muita urgência, mas a verdade é que não fizeram nada para concentrar os jogadores por forma a que Portugal fizesse bons jogos de preparação", referiu o treinador português em declarações à rádio TSF.
"Normalmente, em 80% das situações, o primeiro jogo determina o futuro das equipas, mas não fizeram nada para isso. Isto não é profissional; anda um país inteiro atrás de uma seleção que passa a vida em festas e mais festas, é um circo autêntico", acrescentou Manuel José.
"Depois do jogo com a Macedónia, todos vimos os jogadores a ir de folga em carros de 400 mil euros, num país que está em crise. Isto só aumenta a responsabilidade e, depois, a agressividade do povo. Isto depois vai ser pago."
Concordam?
Algo vai mal no reino da selecção?
Má preparação do Euro 2012? irá notar-se no desempenho da selecção?
Penso que a seleção vai dar a volta a este mau momento e já contra a Alemanha...
ResponderEliminarSenhor RBO esperamos sinceramente que sim, uma vitória no primeiro jogo é sempre de grande importância. Muitos especialistas em Euros dizem que o primeiro jogo é o que define a trajetória da equipa na competição.
ResponderEliminarPor isso como bons Portugueses que somos, FORÇA PORTUGAL. Mas sem nunca deixar de apontar o dedo ao que está mal.